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  • A morte não fecha o círculo da vida, somente renova-o...
  • Um anjo, assim como um ser humano, possui livre arbítrio... porém seu custo sempre será mais caro.
  • O amor é o oposto do ódio, mas nada impede que um gere o outro...
  • O ódio consome o ser, enlouquece e cega ao ponto de não se saber mais o que se está fazendo.
  • Cair é a consequência de se trair aos teus próprios pilares.
  • O mundo muda de acordo com o pensamento das pessoas...
  • No fundo, todos queremos ver o pôr-do-sol.
  • Um anjo pode amar?.
  • Mesmo obscurecido, não perdeis à fé em teu Criador.
  • Redenção... um árduo caminho a se seguir.
  • Ao cair o anjo pode redimir-se ou tornar-se o pior dos demônios.
  • A Estrala da Manhã nunca optou pela redenção.
  • Para os Homens, os sentimentos pesam muito em sua escolhas.
  • Os anjos não possuem sentimentos como os dos Homens.
  • A maioria somente sabe o que é vida ou morte. Anjos não possuem sentimentos, seguem ordens.
  • Porém, anjos também possuem coração.

Resumo do Conto

     Desperto em um corpo humano no mundo corrompido que ele acredita ter sido esquecido por Deus, Daniel busca por um meio de retornar à graça divina e readquirir suas asas e sua aura angelical. Após cair e perder sua memória ele caminha buscando respostas.
     Unindo-se a um grupo liderado por outro Anjo, Daniel aprende os valores mortais e acaba descobrindo os motivos do Altíssimo para colocá-los sempre à frente da raça perfeita: seus Anjos.
     Romance, Aventura, Suspense... Elementos que farão parte da nova vida de Daniel, pós-queda. Um Imortal em um corpo Mortal. A Ultima Sombra de esperança Pré-Apocalíptica.

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Capítulo 10 – O Despertar de Daniel

Daniel nota a crescente aparição daqueles seres repugnantes. Não acreditava que Lúcifer faria isso com ele após toda aquela conversa tão cordial. Mas quando viu o olhar do abismo naqueles olhos sombrios, Daniel percebeu que aquilo tudo não era nada mais do que uma simples declaração de rivalidade. Não acreditando que pudesse fazer alguma coisa ele corre na direção da porta, mas para sua surpresa, havia uma cabeça e um braço saindo da porta também, como os outros saiam das paredes. O jovem recuou até o centro do quarto buscando com os olhos alguma saída ou alguma forma de chamar os outros. Ele sentia medo, sentia uma ligeira dor da boca do estômago. Seu corpo tremia, mas no fundo ele sabia que deveria fazer alguma coisa. Sem mais opções, ele decide gritar por socorro:

- RAZIEL! ANA! SOCORRO! DEMÔNIOS POR TODA A PARTE! ALGUÉM ME AJUDA!

O jovem não acreditava que isso fosse adiantar, pois os monstros saíram completamente enquanto outros ainda surgiam e ninguém apareceu. Nem um ruído além daqueles gemidos e grunhidos. Ele estava em um quarto sem saídas e acaba percebendo que de uma forma ou de outra, ele teria de fazer alguma coisa. Com a ira crescente em seu ser, Daniel se prepara com uma posição de luta bem precária, corre na direção de um dos Devoradores e desfere um soco com toda a sua inexperiência em combates. Para sua surpresa, ele atinge o ser em cheio no meio do rosto, pouco acima da boca dele, fazendo-o dobrar o corpo quase que completamente para trás. Daniel sorri com o êxito, mas sua felicidade dura pouco. Quando ele repara, o monstro que foi atingido volta à sua posição inicial com uma pequena deformação adicional no rosto. O local atingido por Daniel estava afundado, como se a potência do soco quebrasse os ossos da face do inimigo e fizesse um pouco do rosto dele entrar, afundar. Mas em poucos segundos, aquele ponto atingido se regenera e volta ao estado normal do Devorador, reerguendo como se fosse um balão murcho sendo cheio.

O jovem não acredita mais em seu potencial e recua novamente para o centro do quarto, mas desta vez aqueles Devoradores que já haviam saído das paredes começam cambalear ameaçadoramente na direção dele. Alguns que não eram tão deformados fisicamente se dão ao luxo de correr. Daniel começa à entrar em pânico, mas por seu desejo de sobreviver e perseverança, começa a lutar de forma mais defensiva, tentando se esquivar daqueles seres que queriam somente comer de sua carne. Dois deles tentam morder Daniel, mas este rapidamente se esquiva, inclinando seu corpo de forma à deixar os dois passarem no vácuo em sua investida. Alguns outros se aproximam e o jovem começa a desferir socos e chutes sem nenhuma técnica. Aos poucos Daniel começa a se encurralado pelos seres e seu fôlego começa a diminuir. Ele não encontra mais muitas opções, mas mesmo assim continua, sem desistir, sem pensar. Ele tinha que sobreviver, ele tinha que fazer algo nesta guerra e não poderia cair agora que descobrira sua fatia nesta história. Porém, os Devoradores cobrem seu corpo como um monte de formigas disputando um pequeno grão de açúcar.

Neste momento o céu range e todos na casa ouvem o trovão que desce e atinge o quarto de Daniel. Raziel que dormia para recuperar o corpo angelical acorda com uma estranha sensação, aqueles que almoçavam somente se entreolham como se esperassem que o outro obtivesse a resposta para o estrondo. Daniel, que estava dentro daquele bolo de carne putrefata deixa de sentir seu corpo, deixa de sentir medo, deixa de sentir o inferno neste mundo e passa a ser agraciado novamente pelo Altíssimo com sua Aura Divina.

O monte de Devoradores é destruído por um golpe proveniente do centro daquela montanha de carne. Eles são jogados para trás por uma enorme energia, como se fossem feitos de papel. Daniel, que estava no centro, surge com suas asas de energia em formação, erguido e apoiado em uma grande espada de lâmina larga medindo mais de dois metros de comprimento. O jovem estava diferente, o poder angelical retornara ao seu corpo e o modificou, como acontecia com todos os seus irmãos, revelando sua nova forma angelical. Os cabelos curtos dele cresciam rapidamente até atingir sua cintura, logo em seguida o tom castanho natural do cabelo dele começa a clarear se tornando um loiro esbranquiçado. O corpo de Daniel cresce alguns centímetros quando seus músculos se desenvolvem ligeiramente para um aspecto mais resistente como o de um ginasta olímpico. Seus olhos se tornam mais claros, sua íris castanha se esverdeia a ponto de parecer com a límpida água de uma lagoa pura dos pecados. De suas omoplatas começam a saltar fagulhas de energia que por alguns segundos não ultrapassam a extensão de um metro para sua esquerda e para sua direita até se dissiparem, estas fagulhas representavam suas asas, como aquela asa de energia que Raziel liberou quando possuía o corpo de Ramon.

Aqueles Devoradores que ainda se mantinham de pé não possuíam sentimentos para se assustar com tamanha luminosidade que o corpo de Daniel assumia. Eles continuavam a se adiantar para atacá-lo. Daniel olha para tudo ao seu redor e percebe que a visão humana era limitada demais e a visão que possuía agora, de anjo, lhe revelava muito além do que ele já havia visto em toda a sua vida. Agora, mais do que nunca, ele deveria lutar contra essa força maligna que impregnava todos os seres humanos. Ele estava agraciado novamente com sua Aura Divina. Num rápido movimento, Daniel desfere um forte golpe giratório com sua espada arrancando a metade de todos aqueles Devoradores que o cercava. Enquanto aqueles que foram arremessados inicialmente, além daqueles que ainda saiam das paredes, se erguiam e começavam a se aproximar. Os monstros que foram decepados começavam a se esfarelar virando poeira e da poeira se desfazendo até não restar mais nada. Daniel sentia seu corpo estranho, sentia poder demais para ele mesmo suportar. Neste momento, ele finca a espada no chão e tenta liberar essa energia que tentava sair à força.

As fagulhas de energia que saiam de suas costas se expandem para formar suas asas completas nesta forma que ele assumia. O poder é tão exponencial quanto ao liberado por Raziel ou mais. A onda de energia liberada é tão forte que imediatamente desintegra todos aqueles Devoradores que estavam em seu quarto. O corpo de Daniel carregava muita energia para que ele pudesse controlar, afinal, como humano ele não havia poder algum. Então o mesmo cai de joelhos largando a lâmina que estava fincada no chão. A dor começa a se espalhar por seu corpo. Poucos anjos saberiam o que fazer num momento deste, e Daniel não havia relembrado dos tempos de anjo, então a eloqüência das vozes angelicais em suas memórias perdidas na mente humana era insuportável. O descontrole e a falta de conhecimento fazem do garoto uma vítima fácil de qualquer inimigo. Mas para a sorte de Daniel, o poder liberado que destruiu todos os Devoradores também havia destruído os portais abertos por Lúcifer para que eles saíssem.

Como se nada pudesse piorar, o próprio Lúcifer surge novamente em seu quarto, em um ponto distante próximo de uma janela coberta por uma cortina vermelha de um tecido aparentemente grosso. O Imperador do Inferno estava com aquele mesmo olhar calmo de antes, sem nenhum sinal da maldade que surgira quando ele se desfez deixando os Devoradores atacar o jovem anjo. Daniel não conseguia nem olhar em seus olhos, seu corpo queimava como se fosse explodir por dentro. Lúcifer diz:

- Era isso que você queria? Sua Aura de Anjo em seu corpo de humano? Acho que foi uma escolha um tanto quanto ruim... afinal, este corpo de barro não suporta a graça que nos foi dada. Desde o início eu debati, dialoguei, tentei mostrar que esses seres que foram criados por algo tão simples como o barro não tinham nem de longe o poder e nem a sabedoria necessária para serem mais importantes que nós. Mas agora você tenta dizer o contrário, tenta ser um anjo na forma de um homem. HAHAHAHA... criança. Seu Pai nunca lhe advertiu sobre a casca humana?

Daniel deixa sua voz sair com dor e agonia:

- NÃO OUSE FALAR MAIS UMA PALAVRA! Lúcifer, eu irei mostrar para você como a humanidade não deve ser comparada com nenhum anjo. Pois ela não é forte ou fraca, ela é a escolhida por Deus e não somos capazes de julgar nem decidir! Não fomos criados para isso! Eu percebi que você trancou essa loucura toda neste quarto e que ninguém lá fora pode perceber o que está acontecendo aqui, nem que você está por aqui... então, não me tente seduzir com tais palavras, pois como você mesmo disse...estamos de lados opostos, apesar disso, não quero conflito algum com você.

Lúcifer fecha a cara como se fosse atingido pela raiva. Ele odiava ser pego em suas próprias palavras. Mas como não poderia perder a pose, o Imperador do Inferno diz suas ultimas palavras ao desaparecer no chão:

- Pois bem. Acho que você não entendeu nada criança. Eu liberei seus dons, aqueles dons que o Demiurgo lhe tirou, como fez com suas memórias. Não quero conflitos, só quero ver até onde você pode chegar com isso tudo... veja o seu corpo. Você será obliterado se não souber controlar o poder que tem...

O sofrimento de Daniel com toda aquela energia se expandindo dentro dele era indescritível. Ele sabia que Lúcifer estava falando a verdade quando desapareceu. Mas agora ele também percebera que o bloqueio do Inferno já havia se desfeito e que Raziel provavelmente sentiria aquela energia toda. Agora ele estava mais tranqüilo quanto ao fato de ser destruído por seu próprio poder. Tal mansidão lhe trouxe alívio, lhe trouxe paz. E a paz lhe trouxe o controle. Daniel se ergueu com muita dificuldade e gritou aos céus com sua voz angelical:

- Por quê...? Senhor, por quê?

Raziel estava deitado quando sentiu aquela energia vinda dos céus. Não se incomodou por achar que algo dos céus nunca seria ruim, mas ficou com aquilo na cabeça. O que deveria ser? Ele ainda estava perdido em pensamentos quando percebeu algo incomum. Uma barreira desfeita e um enorme poder se expandindo. Seus olhos se arregalaram quando ele direcionou sua percepção para o quarto de Daniel e sentiu que o ponto central vinha de lá. Rapidamente se pôs de pé e logo se atentou e atravessar as portas do Tempo e Espaço cruzando alguns metros e surgindo à frente de Daniel. Seus olhos ao se abrirem encontram uma espada divina e o corpo de seu amigo em um estado de evolução exponencial. Não acreditou de imediato, mas não poderia julgar nem pensar, deveria ajudá-lo. Concentrando sua Aura Divina, Raziel tenta retroceder o processo de expansão e fazer com que Daniel volte ao normal. Rapidamente com um selo angelical ele faz o sofrimento do amigo se extinguir. Daniel volta ao seu estado normal humano e as modificações em seu corpo se desfazem. Ele cai para o lado ainda tonto. A espada larga desaparece.

2 Comentários:

Maldito Escriba disse...

Tá foda...mas o Lulu é ainda mais foda husahushahusa

13 de maio de 2010 às 18:43  
Veruyel disse...

me apaixonei pelo livro! *.*

17 de agosto de 2014 às 02:14  

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