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  • A morte não fecha o círculo da vida, somente renova-o...
  • Um anjo, assim como um ser humano, possui livre arbítrio... porém seu custo sempre será mais caro.
  • O amor é o oposto do ódio, mas nada impede que um gere o outro...
  • O ódio consome o ser, enlouquece e cega ao ponto de não se saber mais o que se está fazendo.
  • Cair é a consequência de se trair aos teus próprios pilares.
  • O mundo muda de acordo com o pensamento das pessoas...
  • No fundo, todos queremos ver o pôr-do-sol.
  • Um anjo pode amar?.
  • Mesmo obscurecido, não perdeis à fé em teu Criador.
  • Redenção... um árduo caminho a se seguir.
  • Ao cair o anjo pode redimir-se ou tornar-se o pior dos demônios.
  • A Estrala da Manhã nunca optou pela redenção.
  • Para os Homens, os sentimentos pesam muito em sua escolhas.
  • Os anjos não possuem sentimentos como os dos Homens.
  • A maioria somente sabe o que é vida ou morte. Anjos não possuem sentimentos, seguem ordens.
  • Porém, anjos também possuem coração.

Resumo do Conto

     Desperto em um corpo humano no mundo corrompido que ele acredita ter sido esquecido por Deus, Daniel busca por um meio de retornar à graça divina e readquirir suas asas e sua aura angelical. Após cair e perder sua memória ele caminha buscando respostas.
     Unindo-se a um grupo liderado por outro Anjo, Daniel aprende os valores mortais e acaba descobrindo os motivos do Altíssimo para colocá-los sempre à frente da raça perfeita: seus Anjos.
     Romance, Aventura, Suspense... Elementos que farão parte da nova vida de Daniel, pós-queda. Um Imortal em um corpo Mortal. A Ultima Sombra de esperança Pré-Apocalíptica.

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Capítulo 17 – O Poder da Fé

Ana e Ramon se encontravam em apuros. Eles não conheciam o verdadeiro poder daquele inimigo e estavam diante de uma situação muito difícil. A névoa cobria todo o chão do local, mas aos poucos começava a ficar mais densa e com isso o próprio lugar se embaçava dificultando a visibilidade deles. Ambos já haviam combatido seres desta raça, mas nunca um Lord, o que lhes traria alguma dificuldade. Ana estava nervosa, não poderia abaixar a guarda nem por um segundo, afinal ela tinha muito que resolver ainda. Ramon não temia a situação com a mesma intensidade de Ana, pois ele havia treinado combate cego durante sua participação na Ordem da qual veio. Porém, os dois estavam a suar frio.

Não demora muito para que o primeiro vulto seja visto naquela paisagem turva. Ana se volta para o local onde se originou aquela silhueta, mas nada encontra. Ramon, por sua vez, já se preparava para disparar caso notasse o movimento outra vez. O Vampiro gargalhava, brincando com suas vítimas como era de seu costume. Este queria fazer deles seus brinquedinhos antes de acabar com suas vidas, afinal, eles haviam feito um rombo feio em seu peito com aquela arma. Então outro vulto surge e um disparo é dado por Ramon. Ana se assusta com o barulho e não nota a presença do vampiro se aproximando por trás dela. Essa era exatamente a distração necessária para que o monstro se aproximasse. Porém, Ramon já esperava por este desfecho e logo prepara a arma para um novo disparo olhando ao redor em busca da surpresa. O vampiro surge por trás de Ana, que não percebe a aproximação. Outro disparo é feito, desta vez com um alvo visível. Ramon dispara mirando ao lado da companheira, onde nota o contorno do inimigo. Este se desfaz na névoa.

Logo sua voz atravessa o local, ecoando e dificultando a localização do locutor:

- HAHAHAHA! Estão assustados? Vamos ver quanto tempo agüentam este joguinho...

Ramon se enfurece e sua ira é percebida por Ana quando este deixa soltar uma pequena bufada. Os dois novamente começam a procurar pelo vampiro, mas desta vez notam que diversos vultos cruzam as extremidades da sala. Sentindo-se perdidos, eles começam a sentir o gosto do desespero. Mas Ana não se deixa entregar, logo se recorda de um de dos rituais aprendidos durante sua vida de caçadora. Ela começa a recitar palavras em latim buscando iniciar a busca pelo maldito. Ramon percebe o feito e começa a vasculhar seus bolsos procurando por um orbe de água benta. Novamente os diversos vultos cruzam a sala, mas desta vez eles passam por entre os dois como se fossem sombras muito velozes. Ramon arregala os olhos e busca identificar o vampiro caso ele passasse, mas não obtém êxito. O vampiro novamente inicia uma ameaça:

- Não adianta orar... Sua fé não é nada contra mim! Agora, comecem a sofrer...

Os vultos se intensificam e com eles ataques invisíveis começam a ferir a pele dos companheiros de Raziel. Ana deixa escapar um gemido de dor, mas não se perde em sua concentração, continuando a proferir aquelas palavras. Ramon começa a ferir-se quieto, tentando suportar a dor. Ambos sentiam seus corpos sendo saqueados, a cada golpe uma pequena quantia de seu sangue era sugado. O vampiro começa a gargalhar como se anunciasse sua vitória.

***

Raziel percebe que aqueles dois anjos que conversavam com Lúcifer se vão sem dizer nenhuma palavra. O Imperador do Inferno olha por cima do ombro como se notasse a saída dos dois e então se volta para Raziel, um pouco mais sério.

- Você sabe o que eu quero dizer, não sabe?

O Príncipe dos Querubins não diz nada de imediato, não precisava dizer nada. Ele somente continua voltado para o horizonte, observando atentamente todos os quilômetros que o distanciavam do escolhido para impedir o apocalipse. Lúcifer então sorri de leve, estava certo do que diria e mais do que confiante nesta visão:

- Não sei se sente o mesmo. Mas tudo o que conhecemos está prestes a mudar. E tudo isso por algo que eu mesmo tentei há muito tempo. Algo que não deu certo uma vez, mas que agora pode dar certo...

Raziel olha para Lúcifer e responde:

- Não sei ao certo o que pode vir a acontecer. Recentemente minhas visões estão se encurtando, diminuindo ao mesmo passo em que me torno humano...

O Senhor do Inferno olha para o céu e diz:

- Você escolheu a humanidade, irmão Raziel. Eu escolhi meus irmãos, os seres perfeitos. Nunca iremos entrar em um acordo, mas posso dizer que Daniel agora terá de fazer a escolha dele... E com esse corpo de barro que você tanto cobiça, ele poderá escolher qualquer um dos dois lados.

Raziel olha para Lúcifer sério. Por alguns segundos ele passa a sensação de que irá enfrentar o que o caído diz, mas toma outra atitude ao desfazer a seriedade em sua face para algo próximo à preocupação:

- Entendo. E acredito que ele irá ter de escolher sozinho... afinal, não adianta lhe pedir para que não participe desta decisão.

O Imperador do Inferno sorri. Às vezes ainda se assustava com o poder de adivinhação e previsão de seu irmão Querubim. Lúcifer se se encosta à barra de proteção e é prontamente seguido por Raziel. Os dois se entreolham e o decaído diz:

- Você não quer travar uma batalha aqui, quer? Não estou disposto a lutar. Seria melhor resolvermos isso de uma forma mais pacífica, não concorda?

Raziel sorri, olha para o céu e responde:

- Não... Não quero confrontá-lo. Mas... Posso dizer que eu vi como você irá terminar nesta guerra...

Lúcifer olha para o horizonte pensativo. Não perguntaria nada a Raziel por puro orgulho. Mas sentia-se curioso a ponto de parar para imaginar do que ele estaria falando.

***

Após mais alguns ataques do vampiro, Ana finalmente conclui o ritual pondo as mãos sobre aquele orbe que Ramon havia separado para este propósito. A esfera de vidro contendo água benta começa a brilhar num tom fraco de luz, e então volta ao normal. Pronto para acabar com este jogo, ele arremessa-a contra o teto do lugar fazendo com que se parta e a água se espalhe. Algo próximo de uma chuva de água benta se forma por alguns poucos segundos e a água pura e santificada cai sobre a névoa atingindo o vampiro. Onde ele estivesse, a dor da água santa ferindo sua pele como ácido corroendo o metal, era tamanha que logo sua concentração se perdera e assim a névoa começou a se dissipar. Sua posição foi então revelada e com ela um novo ataque em conjunto é iniciado por Ramon e Ana.

O vampiro se depara com Ramon olhando em sua direção com a Serbu apontada para ele, então vem o primeiro disparo, seguido do segundo e posteriormente do terceiro. Os três projéteis atingiram novamente aquele corpo morto fazendo-o ser jogado contra a parede atrás dele. Ana, por sua vez, começa a correr na direção do maldito com sua cruz em mãos preparando um novo ritual. O semblante do vampiro é de surpresa quando nota a cruz vindo de encontro com sua testa. Ana começa a orar, iniciando um ritual de exoneração do corpo maldito de volta para sua cova, de onde nunca deveria ter saído. A pele da testa do vampiro começa a queimar mais e mais de acordo com as palavras proferidas pela mulher. O maldito não conseguia se mover devido os ferimentos e o poder do ritual. A fé de Ana era tamanha que ele sentia-se como se fosse esmagado por um navio. Enquanto isso Ramon preparava novas balas para recarregar sua arma.

O vampiro já estava quase com toda a sua face queimando quando alguns sons provenientes do corredor atrás da porta de entrada desta sala revelaram a presença de alguma coisa grande se aproximando. Ramon logo pensou na companheira transformada em Besta e por isso virou-se de costas para Ana em seu ritual e voltou sua atenção à porta. A ansiedade era tamanha que o suor escorria por sua testa chegando ao seu rosto e parando em seu queixo. Não acreditava que teria de pará-la novamente. Da ultima vez quase perdeu o braço. Ele diz à Ana:

- BlackWolf está chegando... Acho que ela está descontrolada de novo.

Ana não interrompe sua oração. O corpo do vampiro começa a entrar em combustão total. Ela finaliza o ritual dizendo:

- Volte para o Inferno, de onde não deveria ter saído. E se acredita na Piedade do Senhor e arrepende-se dos teus pecados, terá livre acesso ao Paraíso prometido. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo... Amém.

Então o corpo do vampiro se desfaz por completo. Na mesma instância que ele vira cinzas a porta de entrada é arremessada contra a sala pegando corpo de Ramon e jogando-o contra a parede oposta. BalckWolf babava em fúria procurando por mais vítimas para saciar sua sede de sangue. Ela estava sedenta por mais “diversão” enquanto Ana respirava ofegante após executar um ritual de alto nível. Agora ela teria mais um desafio: para Talutah e ajudar Ramon antes que seja tarde para os dois.

1 Comentário:

Maldito Escriba disse...

Pow foda! Como sempre cara, tá muito foda hehehe

29 de maio de 2010 às 22:15  

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