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  • A morte não fecha o círculo da vida, somente renova-o...
  • Um anjo, assim como um ser humano, possui livre arbítrio... porém seu custo sempre será mais caro.
  • O amor é o oposto do ódio, mas nada impede que um gere o outro...
  • O ódio consome o ser, enlouquece e cega ao ponto de não se saber mais o que se está fazendo.
  • Cair é a consequência de se trair aos teus próprios pilares.
  • O mundo muda de acordo com o pensamento das pessoas...
  • No fundo, todos queremos ver o pôr-do-sol.
  • Um anjo pode amar?.
  • Mesmo obscurecido, não perdeis à fé em teu Criador.
  • Redenção... um árduo caminho a se seguir.
  • Ao cair o anjo pode redimir-se ou tornar-se o pior dos demônios.
  • A Estrala da Manhã nunca optou pela redenção.
  • Para os Homens, os sentimentos pesam muito em sua escolhas.
  • Os anjos não possuem sentimentos como os dos Homens.
  • A maioria somente sabe o que é vida ou morte. Anjos não possuem sentimentos, seguem ordens.
  • Porém, anjos também possuem coração.

Resumo do Conto

     Desperto em um corpo humano no mundo corrompido que ele acredita ter sido esquecido por Deus, Daniel busca por um meio de retornar à graça divina e readquirir suas asas e sua aura angelical. Após cair e perder sua memória ele caminha buscando respostas.
     Unindo-se a um grupo liderado por outro Anjo, Daniel aprende os valores mortais e acaba descobrindo os motivos do Altíssimo para colocá-los sempre à frente da raça perfeita: seus Anjos.
     Romance, Aventura, Suspense... Elementos que farão parte da nova vida de Daniel, pós-queda. Um Imortal em um corpo Mortal. A Ultima Sombra de esperança Pré-Apocalíptica.

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Capítulo 14 – O Esperado Encontro

Daniel tremia de medo e de pavor. Ele não sabia o que fazer com aquelas armas, nunca havia atirado na vida, mas agora ele deveria usá-las pois Dante estava em perigo. Sua vida havia sido bem pacata para ele descobrir de uma hora para outra que deveria entrar em uma guerra contra demônios. Ele finalmente destrava as armas e tenta mirar naquela besta, mas Dante estava muito perto do inimigo para ele disparar, podendo atingir o amigo. Neste momento Daniel vê Dante começar a gargalhar freneticamente e o demônio recuando vagarosamente.

Dante estava com um buraco no corpo e mesmo assim gargalhava. Suas palavras haviam tocado o demônio que não esperava por isso. Bavorí se sentindo confuso diz:

- Que merda é essa? Por que você não morreu quando eu destruí parte de seu estômago?

Dante sorri maldosamente e então diz:

- Você não me ouviu? Você não pode matar a Morte!

O demônio olha para o corpo de Dante, que ainda ferido e sangrando, se movia sem prejuízos apesar da aparência fragmentada. Enfurecido com o que estava vendo, Bavorí parte para mais um ataque, desta vez usando sua fúria como arma e aumentando ainda mais sua velocidade com esta ira. Ele desfere dois socos e depois volta com uma das mãos rasgando o rosto de Dante com suas garras. Uma joelhada no estômago ferido e depois uma cabeçada em meio à testa dele. Dante cai para trás aparentemente atordoado. Daniel ao ver a cena percebe que agora era mais do que hora de atirar, afinal Dante não estava mais colado do inimigo. E se isso continuasse assim, o companheiro poderia ser morto por aquele monstro. Ele leva as duas armas à direção do alvo, mirando precariamente e então disparando com elas ao mesmo tempo. Suas mãos são forçadas contra a direção do disparo, mas ele segura o impulso causado. O demônio sofre o impacto dos dois projéteis e então olha na direção de Daniel. Seus olhos queimam como fogo, mas antes que ele possa fazer algo, o jovem anjo começa a disparar uma seqüência de tiros desesperados, errando uns e acertando outros. Bavorí se distancia alguns metros de Dante devido o impacto das balas.

Daniel acreditava que mataria aquilo com as armas, mas quando ele percebe, descarregou toda a munição no corpo do demônio e este ainda se mantinha de pé. Na verdade, Bavorí sorria a cada bala recebida em seu corpo, vendo-as atingir sua pele demoníaca e caindo em seguida no chão. Daniel se assusta com a rigidez daquela pele infernal e acaba deixando as duas pistolas caírem no chão enquanto seu corpo se paralisava de medo. O demônio desaparece e reaparece na frente de Daniel, pegando-o pelo pescoço e erguendo seu corpo do solo firme. A dor e a falta de ar começam a sufocar o jovem de uma forma em que o desespero e o pânico passaram a fazer parte dele. A felicidade com que o demônio torturava o corpo de Daniel era tamanha que ele deixava escapar um sorriso quase orgástico. Ele sussurra:

- Você vai morrer...

Daniel sente os movimentos do corpo se enfraquecendo, seu coração batendo rápido na tentativa de levar sangue ao cérebro que estava sendo privado pela força em que o demônio segurava seu pescoço tapando quase que completamente suas veias. Seu pulmão buscava o ar que não chegava. Era assustador passar por um sufocamento, algo que ele não conhecia. Mas para sua surpresa, o corpo de Dante se ergue com uma expressão bem irritada. O homem de preto fala alto para o demônio:

- Quem disse que nossa conversa acabou? Eu não posso dar mole que você já sai “cantando” os outros? Ah sua putinha, volta aqui pro seu dono!

Bavorí olha para trás, ainda sufocando Daniel, e franze o cenho. Era incrível como Dante ainda caminhava após aquilo tudo. Logo que o enxerga de pé, o demônio larga o jovem no chão e vira-se para focar seu alvo. Daniel busca ar com toda a força de seus pulmões, ele leva as mãos até o pescoço como se o alisasse. Aos poucos seu corpo vai se recuperando.

- Vejo que você ainda está vivo... – diz o demônio para Dante – Mas isso não vai se prolongar. Não vou deixar nenhum cabelo seu inteiro desta vez.

Dante faz-se gargalhar pondo uma das mãos na barriga. Isso irrita o demônio de uma forma que ele acaba sumindo novamente e reaparecendo diante dele com suas garras prontas para perfurar-lhe o corpo. Todavia o corpo de Dante desaparece como se fosse apagado no próprio ar. Bavorí se sente confuso e olha ao seu redor procurando por ele. Tanto o demônio quanto o jovem anjo percebem Dante de pé, com seu manto negro dançando no vento e sua cabeça coberta pelo capuz que nele continha. Nas costas de Dante havia uma enorme foice de lâmina negra com o cabo feito de ossos. Bavorí arregala os olhos, ele já havia visto aquela foice uma vez no inferno. Daniel assusta-se com a repentina aparição do companheiro ao seu lado, agora com um ar mais sombrio do que normalmente ele passava ao vestir-se completamente de preto. Dante, ainda com a cabeça abaixada e o capuz cobrindo-a fazendo com que seu rosto seja oculto pela escuridão, diz:

- Você não imagina o que eu passei após esses quinhentos anos... Bavori, eu enganei a morte e ainda roubei sua foice. Agora ela agoniza no inferno enquanto eu... eu sou a nova Morte.

O demônio sente frio. Não um frio comum, o frio que os corpos dos vivos sentem no momento de suas mortes. Ele, agora receoso, diz:

- Então é por isso que você ainda vive? Maldito...

Dante ri e responde:

- Desde o dia em que me traiu, estou à procura de uma forma de me vingar... Hoje é o dia e você não vai escapar, pois a foice da morte lhe aguarda.

Sem dizer mais uma palavra, Dante parte em toda velocidade para cima do demônio. Era incrível como seu corpo podia ser tão rápido. Nenhum humano jamais atingiu aquela velocidade sem qualquer equipamento automotivo. Bavorí se esforça para se esquivar do golpe da foice de Dante, mas logo se preocupa com a volta da lâmina, onde Dante desfere outro voraz ataque. Daniel olha atentamente os movimentos dos dois, Dante atacando e atacando, um golpe após o outro, enquanto o demônio usava toda a sua atenção para tentar se esquivar dos ataques que eram rápidos demais. Aos poucos a vista do jovem anjo começa a se acostumar com aquelas energias e ele passa a enxergar melhor. Daniel se vê novamente enxergando mais do que os humanos estavam acostumados a ver, assim como em sua forma angelical, ele via com detalhes os movimentos dos dois, mesmo que fosse de uma velocidade imensa comparada à média humana.

Com o tempo, o corpo do demônio vai se cansando e Dante acaba atingindo-o de raspão em um de seus deslizes. Bavorí desfere seu primeiro ataque após se atingido para afastar o Ceifador. Dante salta para trás dando ar para o demônio. Ele diz:

- Ahahaha! Esse é todo o seu poder? Pensei que fosse me cansar... Acho que nem transpirei.

Bavorí se sente humilhado e então libera toda a sua aura demoníaca fazendo com que seu corpo fosse tomado por ondas malignas. Suas garras aumentam e de seus braços e costas brotam ossos pontiagudos. Ele, agora com uma face mais demoníaca, diz:

- Um verme como você não pode me humilhar tanto assim! Você vai morrer agora!

A besta demoníaca salta na direção de Dante com toda a sua raiva, agora mais rápido e mais agressivo. O Ceifador encontra dificuldades de esquivar-se do golpe dele, mas como seu estilo de combate era mais ofensivo, logo procura uma brecha para revidar. Os dois começam o combate defendendo e atacando, aparando e devolvendo. Dante leva alguns cortes de raspão das garras do demônio, que consegue esquivar de todos os ataques do ceifador. Daniel observava tudo querendo fazer algo, mas mesmo que se concentrasse ele não encontrava sua aura angelical. Bavorí logo encontra um ponto cego na defesa de Dante e ataca com sua garra ferindo fundo o ombro dele. Tão logo é atingido, Dante perde parte do movimento de um dos braços e abaixa a foice, deixando a abertura necessária para o demônio desferir outro ataque contra seu outro ombro. Logo em seguida, a besta salta e chuta o peito do ceifador jogando-o contra o solo, batendo as asas na intenção de planar e evitar cair da manobra. Com Dante caído, Daniel arregala os olhos e se levanta pensando em algo para fazer. Bavorí fala para o ceifador:

- Pode ter roubado a foice da morte, mas continua o mesmo verme de sempre. Sinto pena de você...

Caído, Dante ri e responde:

- Pena? De mim?! Essa foi boa... – ele cospe sangue no chão e levanta a cabeça fazendo o capuz cair para trás revelando sua face novamente – Eu fico pensando no que você esteve metido por todo esse tempo, pois não teve oportunidade de mudar em nada sua metodologia de combate... Parece um cego.

O corpo de Dante se desfaz em sombras pelo chão, percorrendo a areia em busca de um abrigo do Sol matutino. O demônio, assustado volta-se a olhar o seu redor procurando pelo ceifador e se surpreende ao notar a lâmina da foice parada à milímetros de sua garganta. Dante estava atrás dele com a arma pronta para decapitá-lo.

- Você não muda. Continua o mesmo arrogante e ignorante de sempre. Por toda sua vida você menosprezou seus inimigos, agora vai morrer por isso.

O demônio engole em seco. Precisava fazer algo para garantir sua vida e virar o jogo. Enquanto isso Dante olhava em seus olhos, como se anunciasse sua morte sem desferir nenhuma palavra. O demônio, ao contrário do que imaginado, sorri maliciosamente e diz:

- Você acredita mesmo que pode me matar com isso? Essa faquinha de cortar pão?

Dante olha bem nos olhos do Demônio percebendo que algo não está certo. Há pouco ele estava tremendo e agora estava confiante demais. Então, sem hesitar, ele puxa o cabo da arma fazendo com que a lâmina atravessasse o corpo do demônio arrancando-lhe a cabeça. Com um sorriso no rosto Dante diz:

- Como eu pensei... era um blefe.

Porém, tanto Dante quanto Daniel percebem que o corpo do demônio começa a se transformar e assume a forma de um dos infernalistas que estavam mortos na areia. O demônio trocou de corpo com um deles e desapareceu fugindo. Dante bufa quando percebe o feito daquela besta infernal. Ele volta-se para Daniel e diz:

- Raziel vai ficar uma fera quando souber que deixamos ele fugir...

Daniel olhava para Dante desconfiado. Dante emanava uma aura demoníaca com aquela foice. O jovem ficava se perguntando o por quê dele ter sido escolhido por Raziel para esse grupo que se dedica em acabar com demônios e o fim do mundo. Mas não querendo julgar, Daniel somente se cala ocultando seu pensamento. Os dois olham para a bagunça que estava o lugar e pensam no impacto que ele vai causar à qualquer visitante da praia. Daniel diz:

- Essa é a parte chata do trabalho?

Dante olha para ele fazendo sua primeira piada e então sorri batendo em seu ombro com a mão.

- Você está pegando o jeito da coisa. Vamos, temos que levá-los para a pickup e depois procurar um lugar para enterrá-los.

Juntos eles começam a limpar aquela sujeira.

1 Comentário:

Maldito Escriba disse...

husahushauhusa foda xD

23 de maio de 2010 às 16:54  

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