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  • A morte não fecha o círculo da vida, somente renova-o...
  • Um anjo, assim como um ser humano, possui livre arbítrio... porém seu custo sempre será mais caro.
  • O amor é o oposto do ódio, mas nada impede que um gere o outro...
  • O ódio consome o ser, enlouquece e cega ao ponto de não se saber mais o que se está fazendo.
  • Cair é a consequência de se trair aos teus próprios pilares.
  • O mundo muda de acordo com o pensamento das pessoas...
  • No fundo, todos queremos ver o pôr-do-sol.
  • Um anjo pode amar?.
  • Mesmo obscurecido, não perdeis à fé em teu Criador.
  • Redenção... um árduo caminho a se seguir.
  • Ao cair o anjo pode redimir-se ou tornar-se o pior dos demônios.
  • A Estrala da Manhã nunca optou pela redenção.
  • Para os Homens, os sentimentos pesam muito em sua escolhas.
  • Os anjos não possuem sentimentos como os dos Homens.
  • A maioria somente sabe o que é vida ou morte. Anjos não possuem sentimentos, seguem ordens.
  • Porém, anjos também possuem coração.

Resumo do Conto

     Desperto em um corpo humano no mundo corrompido que ele acredita ter sido esquecido por Deus, Daniel busca por um meio de retornar à graça divina e readquirir suas asas e sua aura angelical. Após cair e perder sua memória ele caminha buscando respostas.
     Unindo-se a um grupo liderado por outro Anjo, Daniel aprende os valores mortais e acaba descobrindo os motivos do Altíssimo para colocá-los sempre à frente da raça perfeita: seus Anjos.
     Romance, Aventura, Suspense... Elementos que farão parte da nova vida de Daniel, pós-queda. Um Imortal em um corpo Mortal. A Ultima Sombra de esperança Pré-Apocalíptica.

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Capítulo 13 – O Filho da Morte

No dia seguinte Daniel desperta com o chamado de Dante. Ele abre os olhos lentamente enquanto suas memórias começam a retornar aos poucos. O cansaço era tanto que ele acabou por nem sentir a noite passar e nem mesmo sonhou. Com os olhos cansados ainda ele visualiza Dante vestido com um manto negro longo e luvas nas mãos que lhe sacudiam em seu colchão. Sem demora Daniel responde:

- Estou levantando... espera! Não precisa me sacudir...

Dante sorri maldosamente e diz:

- Não, você é muito lerdo! Além do mais, só ficamos nós dois. Raziel e os outros saíram mais cedo...

Daniel pula da cama com a revelação de Dante.

- Como?! Eles se foram e nos deixaram?

Dante estende a mão para ajudar o jovem a se levantar da cama enquanto responde:

- Sim. Raziel disse que tinha uma missão para nós dois ainda aqui na mansão. Ele seguiu em frente com Ramon, Ana e a BlackWolf. Se liga, vai se arrumar logo que eu acho que já estamos atrasados... vou lhe explicar a missão no caminho da praia.

Ao finalizar sua frase Dante exibe-se frisando as sobrancelhas. Daniel se levanta com a ajuda do amigo e segue até o armário para pegar sua roupa. Dante se posiciona na janela olhando a paisagem, uma bela vista de toda a região oceânica da cidade de Niterói.

Ao sair do banho e terminar de se vestir ainda no banheiro da suíte, Daniel retorna ao quarto onde Dante ainda admirava a paisagem. Curioso, ele pergunta:

- Dante, o que vamos fazer?

Este olha para o jovem e depois olha para a cama dele. Daniel segue o olhar e nota que em cima de sua cama havia duas pistolas. Surpreso com as armas ele se mantém quieto, Dante se adianta para explicar:

- Sabe manuseá-las? Se não, vai ter que aprender. Vamos para o carro... temos que caçar uma Serpente do Inferno e seu grupinho.

Daniel não possui nem mesmo tempo para responder, pois Dante começa a sair do quarto apressando ele. O jovem pega as duas armas totalmente sem jeito e começa a seguir o companheiro. Os dois seguem até a garagem da mansão onde encontram-se alguns carros. Dante olha para todos por algum tempo como se escolhesse um deles e por fim decide pegar a Pickup negra. Ele entra e é seguido pelo jovem anjo. O grande veículo segue para fora da mansão onde a conversa entre eles prossegue.

Daniel vira-se para Dante, ainda com as pistolas nas mãos e diz:

- Annn... Dante. Poderia me explicar algumas coisas...?

Dante ri quando Daniel fala com ele completamente perdido. Ele estava acostumado a trabalhar com Ramon ou com Talutah que já eram costumados com o tipo de serviço e que esqueceu de explicar alguns pequenos detalhes. De olhos atentos ao volante ele responde:

- Simples. Você vai guardar essas pistolas na cintura, entre seu corpo e a calça...

Ele encara o jovem até que este guarde as armas. Após o feito, Dante continua:

- Bem, vamos para uma praia onde está havendo uma invocação. Vou ver um velho conhecido meu e mandá-lo de volta para casa. Segundo Raziel, se não terminarmos esta missão, o Serpente que vamos caçar vai matar o alguém importante.

Daniel coça a cabeça e então pergunta:

- Serpente? Não estou entendendo...

Dante olha para ele sério e então volta a atenção ao trajeto.

- Olha só... você tem que comprar um dicionário de termos demoníacos. Heheh... Serpente é uma classificação antiga, mais ou menos de uns quinhentos anos atrás, para um Demônio que não é novato no inferno, mas que também não é de casta alta. Como eu vou dizer? Existem mais de dez classificações de casta, Serpente é a terceira se eu não me engano. Eu sozinho devo dar conta dele, mas o Raziel queria que você viesse para aprender.

Daniel começava a entender. Isso o assustava um pouco, pois ele lembrava da dor que sentiu quando Lúcifer liberou seu poder lançando aquelas criaturas sobre seu corpo. O nervosismo começa a afetá-lo, mas o susto da risada de Dante quebra seu temor. Confuso Daniel pergunta:

- O que foi Dante?

Após algumas tentativas de se acalmar da gargalhada, Dante diz:

- Você... tá nervosinho. Só falta se mijar.

Daniel olha torto para o companheiro que não desistia de gargalhar de seu temor. Chateado com a situação, Daniel volta-se para a janela do veículo e se mantém quieto até o final do trajeto. Dante não fala mais nada, porém tenta prender o riso durante um bom tempo.

Não demora muito para que eles cheguem no local indicado por Raziel. Após entrar em Camboinhas, um bairro da região oceânica da cidade de Niterói, e seguir por boa parte da rua Professor Carlos Nélson Ferreira, o carro segue pela rua Desembargador Nicolau Mary Júnior até chegar ao seu fim. Daniel percebe que aquela rua sem saída terminava de frente para um terreno com vegetação baixa. Dante desce do carro e é acompanhado pelo jovem. Do lado de fora Daniel pode ver melhor que há pelo menos uma trilha entrando naquele matagal e então decide perguntar para Dante:

- É aqui?

Dante aponta para o mato onde havia uma trilha e diz:

- É para lá. Este lugar possui uma fina brecha na proteção que nosso mundo tem do inferno. Ou seja, um lugar que é afetado pela destruição do pecados humanos destes porcos que mexem com forças demoníacas. Raziel disse que nós precisaríamos nos apressar quando chegarmos, pois o demônio que vai ser invocado vai matar os invocadores e se libertar para este mundo. Temos que impedir que ele seja invocado e se chegarmos tarde, temos que enviá-lo de volta ao inferno. Entendido?

Daniel confirma com a cabeça. Dante conclui:

- As duas pistolas estão travadas. Pegue-as. – ele aguarda Daniel pegá-las e as toma da mão dele mostrando como manuseá-las – Aqui ficam as travas, destrave agora que talvez você precise utilizá-las. Aqui você prepara a arma e no gatilho dispara. Mire antes de atirar por aqui... se for no desespero, não mire, só encha a lata do demônio de balas. Não vai matá-lo e nem feri-lo, mas vai retardar ele um pouco para eu acabar com ele. Demônios não morrem com tiros, então você é só suporte meu, não ouse entrar na frente e fique somente à distância.

Daniel confirma mais uma vez. Dante olha desconfiado para ele, mas decide prosseguir. Olha no relógio de pulso e então faz uma expressão negativa. Por fim se adianta seguindo enquanto diz:

- Estamos atrasados em alguns segundos...

Ele vai à frente entrando no mato enquanto Daniel o acompanha logo em seguida. Não leva muito tempo até que a trilha comece a descer e as árvores que estão no caminho comecem a revelar uma praia quase deserta, se não fosse pela formação de quatro seres posicionados nas quatro direções cardeais em cima de um círculo desenhado na areia. Daniel olha curioso enquanto Dante apressa o passo. Os dois começam a se camuflar entre a vegetação, se aproximando e observando o grupo que realizava uma invocação.

Os quatro jovens começam a realizar uma série de gestos e formam um tipo de dança enquanto entoam um tipo de mantra em uma língua estranha. Dante segura no ombro de Daniel e diz em tom baixo de voz:

- Chegamos tarde, a invocação está no fim. Vamos entrar em ação agora. Qualquer sinal que eu dê para você é motivo para descarregar no demônio, certo?

Daniel confirma:

- Certo!

Dante volta-se para o grupo e conta consigo mesmo até três. Não demora muito para o pequeno grupo de infernalistas serem surpreendidos pelo membro do Círculo Oculto vindo correndo do meio do mato. Eles se separam saindo do círculo no momento em que em seu centro uma luz avermelhada começa a surgir. Daniel olha para aquilo com atenção, revezando sua visão entre a luz avermelhada e Dante.

Um ser começa a surgir no centro do círculo, se formando de forma singular, como se houvesse um par de cortinas invisíveis cobrindo a realidade e ele atravessasse no meio delas. Seu corpo era igual ao de um homem se não fosse as asas de águia em suas costas e o rabo singular demoníaco. Seus cabelos curtos eram tão negros quanto seus olhos sem íris, sua pele pálida refletia a luz do sol nascente enquanto seu sorriso corrompia a alma dos mais puros. Ele grunhe algo como se fosse uma fera, mas logo se espreguiça como alguém que acabou de acordar. Por fim diz:

- Ah! Este mundo repugnante de novo?

Tão logo Dante avista a criatura, ele dispara em sua direção na tentativa de impedir que o Demônio matasse seus invocadores. Mas isso não é possível pois a besta mal olha ao seu redor e já encontra o círculo de invocação e proteção “quebrado” em um de seus pontos cardeais. Neste ponto havia um dos invocadores infernalistas caído. As asas da criatura batem como se ele fosse levantar vôo, mas isso não acontece. Ao invés de voar, ele dispara penas com pontas tão rígidas que perfuram o corpo de todos os infernalistas caídos. Ele mesmo mata seus invocadores.

Dante se enfurece e então decide tomar uma atitude mais rude. Ele vira-se para o demônio e acena chamando-o com o dedo indicador da mão direita enquanto fala:

- Hey! Bavorí, sua Serpente maldita, está lembrado de mim...?

O Demônio olha na direção de Dante e então arregala os olhos dizendo:

- Não... Dante? O que você está fazendo aqui? Não era para você ter morrido há mais de quinhentos anos?

Dante sorri e diz:

- Talvez... mas parece que a Morte não tem feito o seu trabalho direito...

O demônio prepara as garras e sorri dizendo:

- Então eu vou realizar esse servicinho... e ainda vou me vingar pelo que você fez!

Dante dá de ombros e rebate:

- Você não foi capaz quando eu quebrei o contrato, será que será capaz agora?

Bavorí desaparece e reaparece na frente de Dante com seu braço atravessando o abdômen dele. Daniel se espanta com a velocidade do inimigo e chega a se embaralhar para destravar as armas, então volta a atenção aos dois percebendo que Dante cuspia sangue enquanto erguia o braço dando o sinal para que ele disparasse.

O corpo de Dante estava seriamente ferido e o demônio fazia questão de girar a mão rasgando mais ainda seus órgãos. Este ser infernal ria enquanto acabava com mais uma vida. Mas para a surpresa dele, Dante gargalha como se não estivesse sentindo dor alguma e grita:

- VOCÊ NÃO PODE MATAR A MORTE!

1 Comentário:

Veruyel disse...

*.* lindo !

17 de agosto de 2014 às 15:09  

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