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  • A morte não fecha o círculo da vida, somente renova-o...
  • Um anjo, assim como um ser humano, possui livre arbítrio... porém seu custo sempre será mais caro.
  • O amor é o oposto do ódio, mas nada impede que um gere o outro...
  • O ódio consome o ser, enlouquece e cega ao ponto de não se saber mais o que se está fazendo.
  • Cair é a consequência de se trair aos teus próprios pilares.
  • O mundo muda de acordo com o pensamento das pessoas...
  • No fundo, todos queremos ver o pôr-do-sol.
  • Um anjo pode amar?.
  • Mesmo obscurecido, não perdeis à fé em teu Criador.
  • Redenção... um árduo caminho a se seguir.
  • Ao cair o anjo pode redimir-se ou tornar-se o pior dos demônios.
  • A Estrala da Manhã nunca optou pela redenção.
  • Para os Homens, os sentimentos pesam muito em sua escolhas.
  • Os anjos não possuem sentimentos como os dos Homens.
  • A maioria somente sabe o que é vida ou morte. Anjos não possuem sentimentos, seguem ordens.
  • Porém, anjos também possuem coração.

Resumo do Conto

     Desperto em um corpo humano no mundo corrompido que ele acredita ter sido esquecido por Deus, Daniel busca por um meio de retornar à graça divina e readquirir suas asas e sua aura angelical. Após cair e perder sua memória ele caminha buscando respostas.
     Unindo-se a um grupo liderado por outro Anjo, Daniel aprende os valores mortais e acaba descobrindo os motivos do Altíssimo para colocá-los sempre à frente da raça perfeita: seus Anjos.
     Romance, Aventura, Suspense... Elementos que farão parte da nova vida de Daniel, pós-queda. Um Imortal em um corpo Mortal. A Ultima Sombra de esperança Pré-Apocalíptica.

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Capítulo 9 – O Primeiro e o Último

Daniel estava estupefato com a revelação daquele anjo caído que se encontrava à sua frente. Ele não conseguia dizer nada, não por temor e nem por qualquer sentimento similar, mas sim por estar diante daquele que muitos clamavam como um bode de chifres oriundo dos confins do submundo. Na verdade, um belo ser que apesar de jogar bem com as palavras, ainda sim se portava como um anjo após tantos anos sendo considerado um demônio-rei. Ele não conseguia tirar da mente que tudo o que muitos dos seus conhecidos mais religiosos conheciam sobre Lúcifer era mera bobagem religiosa. Neste momento Daniel começa a se questionar se tudo aquilo que ouviu sobre Deus, o céu e o inferno, fosse verdade ou então algo ampliado e distorcido do que realmente era. Mas antes que sua cabeça desse um nó, Lúcifer começa a falar respondendo algumas de suas dúvidas:

- Deve estar se perguntando: Mas o que o “Diabo” veio fazer aqui? Ou talvez não, porém posso lhe responder caso aceite conversar comigo...

Daniel se levanta e Lúcifer acena para que ele continue na cama. O jovem se recosta na cabeceira de forma a se acomodar para ficar mais tranqüilo. O Decaído continua a falar:

- Bem, vamos começar do começo. Sei tudo o que acontece aqui neste mundo, pois se não se lembra, sou aquele que mais se aproximou ao poder de Demiurgo. Sei também que não possui lembrança nenhuma de quando estava lá em cima, afinal, eles gostam de nos tirar tudo, nos jogar aqui e ficar lá de cima olhando pela janela para ver se nos tornamos tão normais quanto os queridinhos. Sabe do que eu estou falando... parece até um papo de um filho revoltado, mas veja pelo meu ponto de vista, poderíamos ser pelo menos um pouco mais dignos de receber uma vida normal.

Lúcifer caminha pela sala enquanto prossegue:

- Na verdade, não sei se é de maldade, se é que ele conhece essa palavra pelo seu real significado ou se é só mais um hobbie, ou se é ao acaso que somos feitos do ouro e do nada nos jogam aqui no mundo de barro. Porém, não vamos adentrar muito neste assunto, afinal, não estamos falando sobre o que eu penso e sim sobre você.

Neste momento o primeiro caído se vira para Daniel e se curva para trás para sentar. Como num piscar de olhos, o espaço vazio existente atrás do anjo decaído é preenchido por uma cadeira de madeira, perfeitamente entalhada e de certo luxo. Lúcifer sorri com o feito e sem dar espaço para perguntas, ele prossegue:

- Sei também o exato local onde você caiu, onde viveu nestes meses e pelo que passou nos últimos dias. E acredite, não tenho nada a ver com a visita de Astaroth... para ser sincero, até gostei do fato dele ter sido enviado de volta ao sexto círculo infernal por Raziel, pois eu precisava mesmo dar uma lição naquele infeliz... – uma breve pausa é feita por ele, mas logo continua - Então, você deve estar se perguntando o motivo de eu não ter sido o primeiro a lhe visitar, ou talvez, do por que eu não lhe levei para o Seol, como quis o Grão Duque que lhe abordou na ultima noite. A resposta é simples: Demiurgo lhe deu uma chance de viver como um ser nascido do barro, quem sou eu para lhe parar na rua e lhe dizer que você já foi um anjo, mas que foi lançado dos braços de seu pai para este mundo sem um motivo plausível?

A expressão no rosto de Lúcifer era sincera, mas talvez pudesse esconder algum truque e isso faz com que Daniel indague aquele que lhe falava:

- E por quê hoje você tem um motivo?

Lúcifer sorri e aponta para Daniel respondendo:

- Bingo! Você chegou aonde eu queria! Hoje você está nos braços de um grupinho muito anormal. Mas ninguém lhe deu chance alguma de dizer se queria ou não estar aqui... e o pior, Azazel começou a espalhar que você está aqui na Terra em um corpo mortal, o que faz de você um alvo fácil para muitos dos maltratados lá do submundo que querem se vingar do Demiurgo por motivos que eles mesmos não lembram mais. Enfim, eu venho aqui somente para esclarecer coisas que ainda não foram ditas... venho somente para ajudá-lo a entender o que está acontecendo e lhe mostrar que você tem opção, se unir ou se recolher nesta guerra que acontece por debaixo dos panos.

Daniel se mantém em silêncio. Lúcifer estava lhe dando muitas opções e até lhe tratando demasiadamente bem para alguém que carrega a fama de ser completamente maligno. Ele estava totalmente indeciso do que poderia fazer, então, aproveitando que ele se propôs a responder qualquer pergunta, o jovem faz a mais simples dela:

- O que eu, no estado atual, poderia fazer para me proteger de você ou de qualquer outro que me apareça agora, neste exato momento? Como Astaroth fez?

Lúcifer não pensa para responder esta pergunta, ele já tinha a resposta na ponta da língua, mas se contém por alguns segundos gesticulando com as mãos, definindo um nível alto e um baixo com as mãos. Em seguida ele diz:

- Seria como comparar uma formiga com um elefante. Sem tirar nem pôr. Você não poderia fazer nada contra nenhum de nós, seja infernal ou angelical.

Daniel pensa um pouco. Sua próxima pergunta seria mais direta e ele esperava que Lúcifer respondesse com mais detalhes. Ele pergunta:

- O que está acontecendo? Digo, esta guerra que você diz, quero saber com detalhes o que está acontecendo por trás dos panos que protegem os olhos da humanidade.

Lúcifer sorri com animação e então comenta sua empolgação, respondendo a pergunta logo em seguida:

- Ah! Daniel... me intriga como você se acostuma rápido com as coisas. Bem, vamos ao que interessa. Há alguns séculos, eu poderia até estender para uns dois milênios. Quem sabe? O que é considerado pecado para os homens foi extinto dos limitadores angelicais. O que isso quer dizer? Me parece que vocês... arghh... desculpa, você não faz mais parte do Coro. – ele faz uma cara triste de deboche, mas logo volta à expressão de interessado que estava – Mas voltando, me parece que para os anjos, os pecados agora só contam como um taxímetro, medindo o valor que todos devem para ser pago no fim. Ou seja, quanto mais pecadora é a humanidade, mais perto do Apocalipse ela está. E você já percebeu como o mundo está aí fora? Um caos tem se iniciado há alguns anos... todos os anjos e os demônios falam sobre um fim próximo. Mas para mim, esse fim já começou. Tanto faz, são só especulações, pois ninguém possui a verdade, ou se possui, sabe esconder muito bem.

Lúcifer levanta-se e começa a caminhar pelo quarto novamente enquanto prossegue:

- Então, com isso tudo, se iniciou a Guerra do Apocalipse. Onde os demônios mais insignificantes que conseguem vir à este mundo tentam corromper mais e mais a humanidade para que ela tenha um fim, e os mensageiros do Demiurgo que vem à esse mundo para ajudar a humanidade com aquele papo de virtudes e código de ética, conduta e moral... O problema é que isso tudo fugiu do controle. Parece que os anjos pararam de vir e os demônios começaram a fugir do inferno com tanta presteza que eu mesmo não sei quem está em casa ou quem não está. Essa é a guerra que eu falei, a Guerra do Fim. Que, aqui para nós, parece que o povo lá de cima pendurou as chuteiras!

Daniel não gostava disso. Pelo que parece, tudo que ele conheceu à tão pouco tempo já estava perto de terminar. Ele não queria isso e então com uma grande convicção, pergunta:

- E se eu arrumar uma forma de recuperar meus poderes angelicais, será que podemos fazer algo para impedir essa guerra de acabar com o mundo?

Lúcifer faz uma expressão de tédio e chega até a bocejar. Mas logo em seguida responde sem ânimo algum:

- Você acha que pode? Só você mesmo pode responder essa sua pergunta. Afinal, não se esqueça que eu estou no lado oposto ao seu nesta guerra, apesar de deixar claro que não estou interessado em nenhum conflito. Além do mais, a guerra é somente uma conseqüência, o que está acabando com o mundo é a própria humanidade. O Demiurgo esqueceu de seus queridinhos...

Daniel se levanta da cama, convicto do que está para falar. Lúcifer sorri de canto de boca já entendendo a reação do jovem. O rapaz, cheio de boa intenção e amor ao próximo diz:

- Então me ajude a recuperar minha Aura Angelical!

Lúcifer abaixa a cabeça deixando seus cabelos negros e longos caírem sobre seu rosto. Sua face muda para uma expressão mais digna do Diabo e então ri baixinho. Logo ergue sua mão e tira parte do cabelo na frente do rosto somente para olhar nos olhos de Daniel. Seu corpo vai se esvaindo até atravessar o solo e sumir enquanto ele diz:

- Nada mais do que o esperado pelo Último Caído... Aqui vai um presentinho meu para sua “Bênção”.

Logo após o sumiço de Lúcifer, das paredes começam a brotar corpos humanos desfigurados, como se fossem vermes saindo de um corpo em decomposição. Estes seres possuíam a pele esticada como se fosse queimada, todos feridos como se estivessem acabado de sair de uma sala de torturas e feições nada agradáveis como se estivessem famintos por décadas. Eles gemem de dor, grunhem de fome. Lúcifer deixa seus Devoradores como presente.

3 Comentários:

SirRaziel disse...

Cara uma grande obra para fãs de rpg,fãs de Constantine e para fãs de uma boa historia.Excelente narrativa detalhada e bem criativa tipico de um bom narrador nada que nao esperava de vc ^^
Só sugiro fazer mais pesquisas a historias desse gênero para enriquecer sua historia e da conteudo mais profundo

12 de maio de 2010 às 21:41  
Maldito Escriba disse...

É...só tem que ter cuidado pra não se empolgar e isso virar uma enciclopédia e perder a graça xD
O importante é a história continuar foda o/

13 de maio de 2010 às 18:41  
Anônimo disse...

relaxem q em-breve a historia vai pagar fogo

19 de maio de 2010 às 07:15  

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